terça-feira, 3 de maio de 2011

Os becos sem saída nos humanizam


Cerrado da região Brasil central ao meio dia. Nossa água parecia chá quente de gengibre. O sol na moleira sem dar trégua. O suor escorria pelas costas, fazendo cosquinhas. As pálpebras pesavam toneladas e a saliva era pastosa. Paralisados pelo calor, parecia que nossa carne ia derreter. A sessão de fotos de figurinos no alto do morro virou um suplício escaldante que só foi superado tempos depois, com muita zombaria de nós mesmos e da saga de tudo que aconteceu. Se os resultados compensaram, o processo teve os amargosos.